terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sentidos Cruzados


Este caminho longo que nos seduz a cada passo, cruza dentro de si emoções opostas.
Num dia é o nosso “lar doce lar”, noutro empurra-nos para o “inferno” do medo.
Baralham-se os sentidos e deixamos de conseguir identificá-los.
O paladar traz-nos um sabor ao qual a nossa visão encerra os olhos, numa tentativa de afastar um toque que de tão aconchegante nos oferece o medo de ser efémero.
Sentimos o cheiro de algo que nos é familiar, de um corpo, um momento, de um prazer curto e fugaz.
Na esperança de sermos felizes tentamos eternizar momentos. Pequenas peças de um puzzle que seria belo se nos permitissem montá-lo.
Andamos perdidos em torno dos cinco sentidos. De volta daquilo que torna visível os sentimentos.
Cruzamos um olhar que não é um simples olhar, mas sim o dizer algo que já não conseguimos esconder.
Na nossa boca formam-se palavras, para retirar a subjectividade do olhar. Com o mover dos lábios e o som, deixamos escapar o carinho e tornámos alguém mais forte.
Quanto aos braços damos-lhe a forma de um abraço. Um abraço que protege de tudo o que de mal poderia acontecer.
Os ouvidos deixamos que sejam embalados por aquela voz que nos faz sorrir, que acalma o corpo perdido.
O cheiro, esse… Faz-nos sonhar. Estimula a nossa imaginação, transporta-nos para um lugar que já nos foi permitido viver.
Misturamos todas estas sensações. Vivemo-las diariamente sem nos darmos conta da sua importância e de que podemos estar a mudar a vida de alguém, ou tão simplesmente a nossa.
A verdade é que por muito que queiramos não podemos sair impunes às coisas boas e más. Só nos resta escolher o caminho. Não fugir dele. Não ter medo do que sentimos, de nos darmos. Às vezes só nos falta mesmo entender que estamos no caminho certo e pararmos de fingir que não o vemos, não o sentimos.
Nem sempre os olhos do mundo são os mais claros. Às vezes precisamos dos olhos do coração para nos vermos mais além… A linha do nosso horizonte somos nós que a construímos.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Correntes de um Medo



Vivemos à procura do destino certo para nós. Tentamos a todo o custo evitar um caminho com percalços ou perder o comboio.
Por vezes, fugimos com medo do que sentimos, com medo de vir a sentir, com medo de nos magoarmos novamente. Vestimos as nossas armaduras de fuga e deixamos a mala na estação por receio de não estarmos a fazer a escolha certa. Deixamos a nossa bagagem para que um dia possamos voltar atrás e entrar no comboio que nos levará ao destino que um dia abandonamos por medo.
Vivemos presos à parte humana do racionalismo, do esconder, do pensar que ser forte é evitar.
Os receios que deixamos acorrentados a nós de um passado levam-nos a brincar ao gato e ao rato num novo caminho. Tentamos a todo o custo preservar o nosso coração para que ele não leve com mais uma flecha envenenada e nos atire ao chão.
É sempre mais fácil o escondermo-nos de nós próprios e dos sentimentos que possam estar a nascer em nós.
Evitar parece a curto prazo o caminho com menos custos emocionais. A verdade é que ao fugirmos podemos estar a deixar escapar-nos por entre as mãos a oportunidade de sermos felizes.
Ensaiamos tantos cenários de guerra na nossa cabeça, quando na realidade as coisas não nos são assim apresentadas. Temos consciência disso, mas criar um cenário catastrófico é-nos sempre mais fácil, do que baixarmos as defesas e deixarmo-nos levar pelo bom da vida, dos sentimentos e das pessoas.
É preciso abrir o coração ao “risco” para podermos saborear o doce momento das emoções partilhadas e da força dos sentimentos.
Arriscar por vezes é a escolha mais segura e sensata que podemos tomar.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Direcções Ocultas



Apenas o presente tem duas direcções que podemos escolher. O passado e o futuro apresentam-nos um caminho de sentido único e obrigatório.
A liberdade da escolha é no aqui e no agora. Está dentro de nós.
As escolhas gritam dentro do nosso e coração e da nossa cabeça para serem anunciadas.
Vivemos presos a dois tempos. Um que já foi nosso e outro que não saberemos se poderá vir a ser nosso.
Esquecemo-nos de viver e sentir o que está diante dos nossos olhos e nos toca no dia-a-dia.
Andamos perdidos num mapa que só indica dois caminhos com histórias ou que foram ocultadas ou que ainda são ocultas para nós.
Certo é agarrar a bússola e procurar o norte do presente. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Batalha


 
Entramos na arena, fortes e destemidos. Erguemos a cabeça e fixamos o olhar no nosso “rival”. Avançamos lentamente passo a passo, num ritmo de confiança que poucos conhecem. Decidimos ser corajosos e travar a batalha do não perder, do não abrir mão do nosso futuro.
Sabemos que a qualquer momento a guilhotina pode cair, mas isso não nos pára. As pernas trémulas, as mãos suadas, o coração descompassado e acelerado, não se mostram a ninguém. Decidimos conscientemente que o pior já nos foi apresentado e que este último sopro de vida pode ser a nossa salvação do voltar ao lugar onde fomos felizes, ou o impulso para uma nova vida.
Podem espetar-nos os ferros da corrida que mesmo assim teremos força para nos reerguermos. No fim, apesar do resultado sairemos sempre vitoriosos.
Vencer é ter coragem para enfrentar!

sábado, 12 de novembro de 2011

Trocas


Às vezes, a nossa vida parece um verdadeiro supermercado. É um entra e sai de pessoas constante, que em algumas épocas nem damos por isso. Cada pessoa que se cruza no nosso percurso é única. Única, porque nos dá um pouco de si e leva com ela uma parte de nós à qual jamais teremos acesso a partir desse momento. Perdemos e ganhamos com estas trocas de pedaços de sentimentos. A curto prazo sentimo-nos roubados e que o preço está sempre muito inflacionado. A longo prazo e com uma visão mais calma e coerente, percebemos que uma situação de mudança nos ajuda a lidar melhor com o novo.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Música com Vida :)

Segurança Impessoal



Ar duro e decidido, de quem tem certezas e treinos de afastamento das emoções. Parece enfrentar qualquer desafio por mais difícil que este seja.
Bem...Esta não passa de uma imagem que nos quer vender. A realidade é outra. Vive escondido pelo silêncio das palavras. Fora treinado na expressão, mas não no som. Perante o som surgem os medos e a insegurança diante de uma situação simples.
Enfim...Não nos podemos deixar levar pelo provérbio de que "uma imagem vale mais do que mil palavras". Neste caso é uma publicidade enganosa.
Ar arrogante de quem é preenchido pelo nada e se deixa levar pelo caminho mais fácil. O caminho que vai atrás dele e não o que procura, quer ou deseja.

Certezas Descartáveis



A única certeza a que teremos direito é a certeza de não termos certezas. Levamos a vida envoltos em pensamentos, na procura de um sentido único que guie as nossas acções.
Queremos viver rumo ao sucesso e sem obstáculos. Tentamos controlar o incontrolável. Nem tudo depende única e exclusivamente das nossas “certezas”, buscas e ambições.
Por vezes, o mais sensato é deixarmo-nos levar pelo incerto. Não deixar que o medo de falhar nos coloque as algemas da perfeição.
Tudo se nos apresenta com uma razão de ser. Mais cedo ou mais tarde o caminho pelo qual a vida nos leva, nos é descodificado e explicado. O incerto passa então a fazer-nos sentido e a ser o nosso refúgio. Passa a ser a “certeza” de algo.
Viver livre e aceitar o nosso caminho é a única forma de encarar o que nos é colocado à frente com um sorriso.

sábado, 15 de outubro de 2011

Náufrago



Sonhava com o amanhã e em agarrar um futuro repleto de contentamentos. Vivia descontente com o que tinha. Para ele não existia o aqui e agora. Esse era apenas um caminho de sentido único e obrigatório para o futuro, mas que não se permitia sentir.
Parecia lutar aos olhos de quem o via sentado num lugar. Envolto em apontamentos, projectos e estratégias, que não passavam de utopias. No fundo era um passivo de acções.
Andava para a frente e para trás na vida como se de um baloiço se tratasse. As cordas que o prendiam às traves de ferro de um qualquer jardim eram os sonhos feitos de muitos nadas e que procuravam ser um todo absoluto.
Para ele era tudo ou nada. Vivia com a convicção do tudo, mas no fundo estava cheio de nadas, pois abandonava tanto o que conquistava, como o que se aproximava de si.
Era um náufrago de sonhos numa ilha que para ele era deserta, mas estava cheia de pessoas que insistia em não encarar.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Remendos de Memórias



São pequenos pedaços de tecido que nos levam para uma infância que cada vez se torna mais longínqua. Conduzem-nos a recordações de cheiros, momentos, sabores e pessoas.
É como se nos fechassem os olhos e por momentos vivessemos com imagens o passado.
Lembram-nos o primeiro amigo e que seria para toda a vida, as brincadeiras que nos deixavam com buracos na roupa, a voz da professora que nos dizia que ainda havia muito trabalho a fazer. Vemos a mãe à nossa espera à porta da escola e que já tinha o lanche pronto em casa. Trabalhos feitos e muita brincadeira.
Sabores e memórias de uma infância feliz que jamais esqueceremos e viveremos eternamente através da recordação.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Um Lugar Perdido


Estava em ruínas…De repente tudo parecia ter acabado naquele espaço onde antes havia uma vida. Existiam flores, montanhas verdes, pássaros a cantar, pessoas num frenesim constante. Agora Jasmim apenas via à sua volta o que restava de uma cidade. Os pássaros pareciam ter perdido a alegria de antes, o espaço sombrio e desconstruído tornava-se paisagem principal neste quadro. Parecia mesmo uma pintura, porque ali onde antes havia uma vida estava tudo parado. Jasmim não entendia o que se tinha passado, onde tinham ido parar todas as pessoas que faziam parte de si. Foi neste momento que percebeu que estava sozinha. Estava em ruínas. Aflita com a situação começou a gritar por alguém, mas a sua voz fazia eco naquele espaço e nada voltava senão o seu próprio som. Andou horas a fio, mas nada parecia surgir e mantinha-se sempre no seu espaço sem solução. O que ela ainda não tinha percebido é que aquele lugar não era físico, era o seu mundo emocional destruído porque não estava a ser capaz de olhar mais além. Porque para ela a linha do horizonte era o fim. Às vezes não era capaz de ver além do seu olhar. A cegueira da falta de coragem não a deixava seguir em frente. Ela vivia presa aos outros. Agarrava-se às pessoas como a sua bóia de salvação e quando a deixavam uma enorme tempestade se dava. Deixava-se então, afogar pelo medo do abandono.
Jasmim tinha tudo para ser corajosa, mas não se permitia ver essas coisas. Insisti-a em ser uma pessoa com medo e frágil, quando no fundo não era assim. O olhar de quem a rodeava via nela uma pessoa de sucesso, independente e corajosa. Mas ela há muito tempo que tinha abandonado essa visão. As vozes de quem tinha também medos levaram-na a acreditar de que era uma pessoa incapaz de ser feliz.


P.S- Este texto fui buscá-lo ao baú da minha escrita :)

Manifesto Corporal



Vive para o corpo, como se este fosse o seu contacto com o mundo e com a vida. Dá-se nos músculos que desfila num qualquer areal perdido algures. Lança o mistério de uma profissão que deixa dúvidas por onde rasteja. Será junto a uma barra de ferro ou um varão com uma dança sensual?
Olhar duro e militar, num corpo aquecido por uma qualquer table dance rodeado de quarentonas em fascínio.
Esconde-se uma personalidade, mas exibe-se um corpo. Fica a dúvida da dureza das recrutas ou uma vida preenchida pelo prazer vendido!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Amor Descartável



Vivem os sentimentos com o devido distanciamento que a protecção lhes permite.
Guardam, deixam para mais tarde, esquecem o amor porque naquele momento lhes é incómodo ou não dá jeito. Têm tantos sonhos para cumprir, que o coração só atrapalharia.
Mudar de rumo não faz parte de um projecto rígido ao qual vivem agarrados como se de um fôlego da vida se tratasse.
Não sentem? Desenganem-se! Apenas reciclam sentimentos. Transformam-nos e vivem-nos quando lhes é oportuno. Bebem esse sentir como se de um sopro de vida se tratasse. Recarregam a bateria do coração e voltam a afastar-se enquanto essa energia lhes der forças para continuarem sozinhos.
Transformam os sentimentos e vão-lhes dando as significações convenientes.
Aproximam-se constantemente mas não têm coragem para enfrentar o medo do incerto que todas as relações trazem acorrentadas a si.
Chegam a entrar e a sair milhões de vezes da vida de uma mesma pessoa, mas sempre com um prazo definido. O prazo de não mudar o destino.



domingo, 25 de setembro de 2011

Artes do Incerto



Por vezes gostamos de viver com o incerto e com as dúvidas. De uma forma irónica dão-nos estabilidade. Quando vivemos muito tempo com elas, parece que já fazem parte de nós e que dão sentido a algo inconstante. Largar as incertezas significa começar de novo, o que nem sempre é a tarefa mais fácil. Tem coisas boas? Lá isso é verdade!
Estas questões tornam-se a adrenalina que consumimos fortuitamente todos os dias, empurram-nos para a frente e para trás, como se de um elástico se tratasse. E nós? Não, não somos capazes de rebentar o elástico, porque a esperança está lá e acreditamos que possa sempre sair algo bom. Uma espécie de coelho na cartola do mágico. Num dia somos fracos e não pensamos começar de novo. Mas será que isso é realmente ser fraco? Por vezes segurar e suportar a esperança é uma tarefa de um super herói. É difícil estarmos a ouvir constantemente, larga isso, sai daí, não achas que isso já te devia ter passado? Isso vai acontecer realmente, mas quando nós decidirmos que chegou a altura de seguir um novo rumo.

sábado, 10 de setembro de 2011

O Guru



Tem um andar desajeitado e veste padrões inesperados. Parece perdido no tempo ou pouco atento, mas isso não passa da ilusão mágica dos seus dons.
É um bom ouvinte e dá conselhos muito sábios. Talvez a sua sensibilidade nos coloque no caminho certo quando temos dúvidas.
Ensinou-me a não desistir, mas a persistir nos meus sonhos. Sejam eles loucura ou não, a verdade é que correr atrás de um objectivo me tem tornado uma pessoa ainda melhor.
Acredito que o futuro também lhe reserva grandes vitórias. Não tenho os seus poderes, mas os olhos de uma amiga que vêm que se persistir no caminho certo e que se ele sair do meio da tempestade vai encontrar-se.
Tira os óculos escuros e vê a pessoa que realmente és. Aceita os teus dons e o teu valor, porque os dos outros já és capaz de ver mais além do que eles próprios.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Olhar para Ver!



A beleza de algo, está na forma como olhamos e sentimos o que está à nossa frente.
Nem sempre somos capazes de reconhecer, a olho nu as qualidades de algo ou alguém. Passamos uma segunda vez para nos apercebermos o que podemos estar a perder.
Nessa segunda oportunidade, olhamos distantes mas perto das certezas. É um olhar racional que nos diz que estamos perante o certo, mas que deixa o sentimento crescer a cada passo dado. É como uma planta que alimentamos até dar flor. Aí começa a festa da vida, a festa do bem-querer, do amparar e proteger, a festa da felicidade e da cumplicidade.
As lágrimas, essas nunca vão estar de fora, mas estaremos lá para as enxugarmos e cuidar das feridas que a vida possa fazer surgir. Não estamos ilesos à dor, mas estaremos felizes por estar junto do nosso porto seguro.
Abrimos os olhos para o sentir!

domingo, 28 de agosto de 2011

Voar



Um dia ganhamos asas e voamos directamente para os nossos sonhos. Vamos com confiança ao seu encontro e eles realizam-se.
Perdem o direito a ser utopia e ganham o estatuto de uma realidade feliz que nos ilumina o olhar todos os dias. Fazem o coração sentir-se aconchegado e embalado pela alegria do viver.
Tornam-nos confiantes e fazem nascer a garra de enfrentar o mundo, que insiste em pôr-nos à prova constantemente.
Abrimos os braços, para depois fechá-los e aconchegar o sonho tornado real.
Somos pessoas livres, que pairam num céu e pelas nuvens que serão os nossos afectos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Happy Season



O optimismo é uma virtude, mas por vezes é um pouco levado pelos medos e inseguranças.
Quando finalmente descobrimos o que queremos e estamos bem as questões começam a ser outras. O medo de perder, de incomodar, de estar a ser exigente demais, começa a surgir entre os pensamentos agradáveis de uma nova situação.
Amedrontamo-nos e tentamos dar o nosso melhor para que nada corra mal, para que a expressão “é desta que acertei” ganhe vida e pernas para andar.
Depois de tantos empurrões da vida, será que finalmente chegou o certo? Quando sentimos que é mesmo aquilo que queremos e fazemos coisas que nunca fizemos antes a resposta é muito provavelmente, cheguei lá!

Porque me lembrei...



"Somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos!"

Janelas Abertas para o Mundo



A beleza das coisas está na forma como as encaramos e no significado que lhe damos.
Olhar apaixonadamente para algo pode transformar-se no nosso porto seguro. Pode fazer com que nos sintamos protegidos e abraçados por tudo o que há de bom.
Viver com alegria o nosso mundo físico e emocional é transformá-lo num verdadeiro parque de diversões onde temos direito a tudo. O andar no carrossel, comer a maçã do amor, algodão doce, pipocas e até ganhar-mos alguns presentes nas barraquinhas.
Ser feliz é ter por vezes a inocência e a pureza dos sentimentos de criança e conseguir olhar as coisas com a serenidade de ser adulto.
Abrimos as nossas janelas para o mundo e deixamos a vida entrar em nós sem medos e receios do que possa acontecer, porque sabemos que tudo vai correr bem.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Enjoy your life



A felicidade é uma bebida que nos lava alma e nos coloca um sorriso no rosto. Vivemos à procura dela como se estivéssemos num oásis. Quando finalmente a encontramos ajoelhamo-nos à beira do lago e começamos a tocá-la com as mãos. Depois bebemo-la e achamos que vai durar para sempre, ou pelo menos assim o esperamos…
Esta bebida milagrosa altera a nossa consciência perante a vida e as dificuldades. Faz com que sejamos capazes de olhar para um acontecimento de uma forma menos negativa e que tenhamos estratégias interessantes para lidar com pequenos obstáculos que tentem minar o nosso terreno fértil em alegria. Nesse terreno nascem pequenas plantas que se chamam sorrisos e que fazemos questão de distribuir pelo nosso mundo.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Cada Dia é uma Vida Inteira!



Viver intensa e apaixonadamente cada dia é trazer junto um pacote de futuras boas recordações.
É encarar com um sorriso tudo o que nos é dado e termos 99% de coisas muito boas. O 1% que nos resta e tão desvalorizado, será o mais importante e dedicado a alguém que é realmente especial e que faz os outros 99% ganharem todo o sentido.
Tudo encaixa numa fórmula matemática que se transforma numa função exponencial.
Ficamos num módulo positivo e regularmente linear que se torna a estabilidade do nosso dia-a-dia. É acordar todos os dias no mesmo sítio com a certeza de que somos felizes a cada 1% que sentimos. No fim do dia estamos 100% satisfeitos com as nossas escolhas e atitudes.
100% será o ideal, que nos dizem que podemos levar uma vida inteira para alcançar, então para mim cada dia é uma vida inteira, porque ando a viver a 100 à hora!






sexta-feira, 22 de julho de 2011

Metamorfose



Viver é descobrir a cada dia que as pessoas podem transformar-nos em algo muito melhor.
Podemos ser pessoas frias e de nariz empinado, a apontar o dedo a tudo e a todos, como se fossemos perfeitos. Mas este ser e o seu tempo, têm sempre os dias contados. Por vezes, como se de um passo de mágica se tratasse transformamo-nos em pessoas meigas e lamechas.
Somos capazes de dizer e fazer coisas que jamais pensamos ser possíveis.
Longe vão os tempos do “eu nunca faria isso, ou diria isso…”
Agora é tempo de viver e sentir esta serenidade que nos alimenta a cada segundo.
É ganhar asas e voar em direcção a um destino mais do que certo.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fast Emotions



Passam a vida à procura do prazer imediato. Vivem agarrados a momentos efémeros, que baptizam como sendo um estilo de vida muito satisfatório. A dúvida impõe-se! Como é possível estar-se bem se nunca mantemos nada e se estamos sempre à procura de algo novo.
Parece-me que viver assim é estar em Alzheimer constante e precoce. É viver e esquecer. Começa-se um caminho que nunca se acaba. É como iniciar um livro e não sair da primeira página.
Fica a dúvida de como a história terminaria e quais os seus momentos altos.
São pessoas satisfeitas através da insatisfação. Enganam-se mais do que sentem.
É tornar o sentimento e as relações como algo descartável.
São pessoas que não se conhecem, nem se permitem conhecer os outros. São constantes inadaptados a convencerem-se de que encontraram o caminho certo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Eu Quero!



Diz o ditado que “querer é poder”. Bem, nem sempre é assim, mas o optimismo dá sem duvida um grande empurrão aos desejos. Acreditar que conseguimos algo, é meio caminho andado para o sucesso. Se pensarmos que tudo está perdido o mais fácil é cruzarmos os braços e ficarmos sentados à espera que algo aconteça.
Vemos os comboios da nossa vida passarem e não apanhamos nenhum. E depois? Lamentamo-nos invariavelmente que nada de bom nos acontece. Mas que sentido faz este muro de lamentações diário? Nenhum. Estamos à espera do quê?
Nem sempre as respostas, nem as soluções são identificáveis à partida. Às vezes precisamos tirar-lhes o embrulho para percebermos que era mesmo aquilo que queríamos. Se não for o necessário, devolvemos então à origem e ficamos à espera de outro comboio.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Verdade da Mentira



Fingem tão bem que quase conseguem convencer meio mundo. Enganam e aparentam ser algo que não são na realidade. Mentem mais a si do que aos outros.
Sentem-se sós e perdidos no seu mundo e como tal querem cativar tanto os outros que pintam de dourado a sua imagem.
É esse mundo tão perfeito que servem de bandeja a quem se cruza na sua vida. Mundo este que planta a desconfiança e leva os outros a descobrirem a fachada dos actos e das palavras.
Acredito que não o façam com má intenção, mas a verdade é que perdem muito mais do que ganham.
A honestidade cativa, envolve, leva as pessoas a darem de si o seu melhor. Mostrar a verdade aproxima. Ser-se aquilo que se é na realidade só faz alguém querer cuidar de nós quando algo nos magoa.
Há que estar atento, ao que damos aos outros. Se lhes damos a mentira ou eles nos retribuem com o mesmo ou afastam-se.
Só consigo pensar que pessoas com este tipo de atitude sentem-se sozinhas e não acreditam no seu verdadeiro potencial. Mais vale ter 10 amigos verdadeiros do que conhecer 10.000 pessoas que não nos entendem.

De olhos vendados




Já escrevia Saramago sobre a cegueira… Talvez ele tenha ganho consciência do quão cegas andam as pessoas. Nada se passa com os seus olhos, mas elas insistem em não ver ou não querer ver o que se passa à sua volta. Vivem afundadas nos mares das suas ideias. Pensam que tudo lhes é possível e qualquer acto que tenham não terá consequência sobre si ou sobre os outros.
Vivem cegos e tentam ao mesmo tempo cegar os outros. Como se assim todos os seus actos passassem despercebidos, não fossem acessíveis aos olhos. Não ver, é não sofrer as consequências de qualquer brutalidade que se cometa contra nós ou contra outrém.
Enganam, ludibriam, jogam de forma a ter tudo na sua mão.
Tentam passar alguém por parvo, que na ingenuidade do sentir lhes dá um crédito muito elevado.
O maior cego é aquele que não conta com esperteza do outro.
Abrir os olhos e ver mundo, é admitir tudo o que se faz de bom e de mau. A vergonha só vem daquilo que tentamos esconder, não do que colocamos acessível ao olhar e à crítica do outro.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Feitos de Muitos Nadas


Por mais que me esforce não entendo estas coisas de um dia sim, outro talvez e um dia não…Este passear quase à velocidade da luz nas decisões, nos interesses, nos ganhos e nas perdas. Mas onde anda a coerência e a persistência? Será que também estão perdidas, como as pessoas se perdem nestes vêm e vão da vida.
Olhamos para as pessoas e já nem conseguimos ver o que elas realmente são. Talvez se estejam a esconder ou então não sabem realmente o que são e em que sentidos vão. Como é que é possível caminhar sem objectivo ou sem um destino? Assim, a tarefa fica muito mais complicada para a própria pessoa e para quem se cruza no seu caminho. A certa altura parece que nos arrastam para o incerto e começamos sem querer a questionar para onde vamos. Ficamos perdidos ao lado de um desconhecido, de uma alma vazia de si.
Não deixa de ser irónico como as pessoas aparentam ser tanta coisa e no fim estão vazias, não há nada para encontrar lá.
O importante é deixar de procurar coisas nos outros e olharmos para nós e não ficarmos vazios sem dar conta disso, não nos perdermos de nós próprios.

domingo, 5 de junho de 2011

Virar a Página



Mais um capítulo da história encerrado! Não deixa de ser irónico começar pelo fim de algo. A verdade é que esse livro vai ficar inacabado, perdeu a utilidade de continuar a ser escrito. Entretanto surgiram novas histórias e com uma maior interesse a serem discutidas. Não se pode viver de passados quando a actualidade grita incessantemente para ser divulgada.
As pessoas são muitas vezes um conjunto de histórias inacabadas. Passam a vida a saltar de biblioteca em biblioteca à procura de criar um best-seller. Quando o que foi escrito não agrada a 100% ou rasgamos a folha ou fazemos delete.
Rasguei todas as folhas e decidi dedicar-me aos monólogos, porque isto de novelas mexicanas e dramáticas já está o mundo cheio e o meu lugar não é esse.
Para quem tem duvidas o meu lugar é dentro de um mundo criativo mas prático. Um mundo de honestidade e abertura, de coerência nas decisões. O que sinto e vivo num dia, é o que irei sentir e viver por muitos mais. Agrada-me tudo o que tenho à minha volta e as decisões que tomo, fazem-me sentir a cada dia e cada vez mais EU. Não mudo, nem vou mudar. Afinal de contas não sou eu que estou errada…



sexta-feira, 27 de maio de 2011

Encontro



Encontro-te em cada pensamento…
No som das palavras…
Nas pequenas coisas do dia-a-dia…
És livre e arrastas-me na tua liberdade. Sinto que sou capaz de mergulhar nesse teu mundo e viver lá sem querer voltar. Vivo embalada pelo vento numa folha, que me leva sempre para perto de ti. Fazes-me querer descobrir-te em cada palavra tua.

100gr de Açúcar



Insatisfeitos por natureza começamos e acabamos relações sempre à procura de algo melhor. Esta busca incessante pelo perfeito, traz junto a si o amargo gosto das desilusões. Há dias em que vivemos sem certezas, outros em que estamos demasiado confiantes num objectivo a atingir. Sonhamos, idealizamos e vivemos histórias encantadas. Projectamos tanto os nossos desejos que nunca ninguém cabe no molde que fizemos para o nosso suposto parceiro “ideal”. O “ideal” é alguém que entende e aceita como somos sem questionar ou forçar uma mudança. Mas este “ideal”, também tem o seu “ideal”, no qual nós podemos não caber no molde. Quando nos apercebemos deste problema fantasiamos com atitudes mais do que perfeitas para equilibrar a relação.
Não deixa de ser irónica a nossa procura por alguém com um fato espampanante, que nos prenda o olhar, quando algo mais simples poderia ser a chave para a fechadura das nossas emoções. Olhamos às vezes para as pessoas como para um bolo e damos mais importância à cobertura do que ao recheio. Erro crasso! É aí que as coisas começam a correr mal e habitualmente nos sujeitamos a tudo e mais alguma coisa. É quando começamos a viver mais para os comentários dos outros, que o nosso coração fica amarrado. Alimentamos o ego com pessoas que nos dizem que o nosso companheiro é lindo. Talvez a cobertura... Porque às vezes o recheio está fora do prazo.
A chave do sucesso está na simplicidade do sentir, viver e agir!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Segredos



Será o segredo assim tão poderoso? Na realidade o verdadeiro segredo está em nós e em acreditarmos que tudo nos é possível. Dizem que só atraímos algo quando estamos bem e esta não deixa de ser uma verdade absoluta.
Muitas vezes fragilizadas as pessoas tentam conquistar ou reconquistar algo através da pena e da força. Entopem as caixas de mensagens e mail de alguém, telefonemas constantes muitas vezes a horas impróprias…E com isso o que ganham? Provavelmente a distinção do título “a pessoa mais insuportável do mundo” ou “coitada/o está mesmo miserável”. Sinceramente distinções dessas ninguém as quer, ou pelo menos, não deveriam querer.
Os manuais de auto ajuda, que se avizinham como pílulas salvadoras utilizam expressões do género: “se o/a queres reconquistar afasta-te e mostra que está tudo bem, faz coisas interessantes, cuida de ti…” Não duvido da utilidade disto, mas no fim de contas isto não é reconquistar é fazer a pessoa encontrar-se de novo, sentir-se bem consigo própria e uma vez alcançado este objectivo já nem precisa da outra pessoa. Está muito mais disponível para o presente e para o futuro do que reconquistar o passado.
Tudo se resume à atracção, tanto no fim como no início de algo. Ou porque existe, ou porque deixou simplesmente de existir. Nada melhor do que um sorriso perante a vida para atrair coisas boas!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

10º Andar



Não deixa de ser irónico o facto de passarmos de bestial a besta em alguns segundos. Num dia estamos no topo do prédio, noutro preparam-nos as trouxas e mandam-nos para o apartamento do rés-do-chão. Ficamos então perdidos nas infiltrações, no passear dos vizinhos com o seu cão a horas impróprias, nos gritos das discussões entre os simpáticos vizinhos dos andares superiores…
Cansados da confusão daquele prédio saímos em busca de um novo espaço para viver, até pode ser no prédio em frente que nunca lhe demos grande valor mas que naquele momento se nos mostra encantador.
O simpático vendedor aconselha-nos o apartamento do 10º andar que tem vista para o parque. Mudamo-nos então para lá e voltamos novamente ao topo.
Na vida quase tudo é uma questão de subir e descer. Passamos grande parte da nossa existência a experimentar lugares de destaque e de sombra.
Enfim…num dia estamos na cave de um prédio qualquer, noutro estamos num duplex luxuoso!

sábado, 7 de maio de 2011

Alice no País das Maravilhas



Já me disseram muitas vezes que o meu Mundo é diferente. Não queria acreditar nessa ideia, mas começo a achar que não é assim tão descabida.
O meu Mundo é tão grande que às vezes as pessoas que entram nele perdem-se. Perdem-se porque eu não lhes dou as coordenadas, porque não sabem lidar com a minha diferença ou porque simplesmente não querem conhecer este lugar.
Quando dou por mim não as encontro mais, ainda me esforço por procurá-las, mas isso torna-se quase sempre um trabalho em vão. Enfim… Sigo em frente por gostar deste lugar e ser feliz. Não consigo apenas olhar em frente e fazer o que é esperado, quero sempre mais do que isso.
Vejo com os olhos dos contos de fada em que tudo é possível e quero reger a minha vida por esta capacidade de acreditar que o melhor está sempre por vir. Vivo as coisas intensamente, tanto no seu nascimento como na sua morte. Festejo o seu nascimento e depois faço o seu luto, deixando o relógio bater mais uma hora. Assim que chega à hora que a vida marcou para o meu chá de novas aventuras, lá estou sentada pontualmente para experimentar novos sabores.
Um dia vou voltar uma hora atrás no relógio, mas não fazer com que o meu mundo fique mais pequeno, vou fazê-lo crescer. Passar de criança a adolescente, depois a adulto e por fim idoso e aí vou poder descansar porque já alguém foi capaz de correr pelo meu mundo inteiro sem desaparecer e eu ter de ir aos perdidos e achados à sua procura e ouvir dizer: olhe esse já cá não está, houve alguém antes que reclamou o seu desaparecimento e levou-o!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Muda de Vida



Já nos diz a canção “muda de vida se não estás satisfeito”. Acredito que o espírito só pode ser mesmo este, mudar constantemente aquilo que não está a ir pelo caminho certo, ou pelo menos por um caminho que nos agrade.
“Estás sempre a tempo de mudar”. Pois é! Nunca é tarde para fazer uma nova escolha, para começar ou recomeçar. Às vezes colocamo-nos em caminhos sem saída, mas aí é simples…Basta voltar atrás e fazer uma nova escolha. Não nos podemos cansar e desistir de experimentar novas alternativas. A vida é mesmo assim uma questão de tentativa/erro, até que encontramos a chave certa. E quando aí chegamos, finalmente podemos parar? Não…Aí começa a batalha do saber manter, de nos permitirmos viver este novo destino que criamos para nós.
E se não der certo? “Muda de vida se não estás satisfeito. Muda de vida. Estás sempre a tempo de mudar.”
“Não vivas contrafeito.”


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Fragmentos



Somos muito do que mostramos, mas somos muito mais aquilo que escondemos. Do que é inacessível a olho nu. Na realidade somos muito mais do que é sensivel ao toque.
Podemos ser o que os outros desejam e o que viram numa fase, mas isso é nesse momento, quando viramos as costas já somos assim. Tudo muda porque temos de nos dar e adaptar.
Somos por vezes histórias que as pessoas lêem, mas que não são a nossa história. Somos poemas inacabados que esperam as nossas mãos e as de alguém para serem completados. Somos livros em constante mudança e correcção.
Almas perdidas para os outros e encontradas por nós. Loucos ou génios. Correctos ou insensatos. Corajosos ou assustados. Tristes ou alegres. Podemos ser tudo o que quisermos, podemos mostrar ou simular. Mas no fim de tudo, o que vale é sermos verdadeiros connosco próprios.
Somos pedaços de espelhos quebrados que se juntam e reflectem a tua face e a minha. Sim…As nossas faces juntas. Porque no fim de contas nunca vivemos sozinhos e nunca nada do que somos se constrói sozinho. São fragmentos que recolhemos de vidas que os outros nos dão ou emprestam por momentos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Eles estão de volta... (Within Temptation - Faster)

Os Within Temptation estão de regresso com um novo cd e em força como sempre. Invariavelmente, eu fico fixada nas suas músicas e nos últimos dias não consigo mesmo parar de os ouvir.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Dois para um

Ontem uma amiga mandou-me esta imagem e como tal não podia ficar sem alguns devaneios meus. Como por vezes sou um pouco excessiva em vez de um texto construi logo dois, agora é so escolher...




Razão ou emoção?


Vivemos entre o pensamento e o sentimento, como se de uma passadeira se tratasse, temos medo de por o pé nela sem olhar, mas por vezes insensatos lá nos atiramos com fé de que a correr chegamos ao outro lado intactos. Pois, mas nem sempre é assim e lá somos atropelados. Caímos inconscientes no chão preto e branco. Rodeiam-nos e dizem as vozes do nada, “mas como é que isso lhe foi acontecer?” Inconscientes começamos a ouvir outras vozes. O coração diz-nos tenta, esforça-te, faz mais qualquer coisinha, sente!
A razão por sua vez com o seu tom mais frio, directo e sensato diz, “acorda e faz alguma coisa por ti, isto já deu o que tinha a dar.”
É nesta altura que o racional agarra o emocional e mete-lhe um cinto bem apertado e diz-lhe: “acabaram-se os espaços para esses devaneios sentimentais que só te levam ao precipício, tu não vais sofrer mais, acabou-se!”
Aí voltamos à consciência, levantamo-nos da passadeira, erguemos a cabeça e seguimos em frente como se tivéssemos feito um transplante cardíaco.


Conversas entre um coração e um cérebro

Cérebro: Estás a fugir porquê? Ainda não percebes-te que eu já te apanhei?
Coração: Deixa-me ir…Larga-me…
Cérebro: Mas tu queres ir onde? Estás cada vez mais tonto!
Coração: Eu preciso mesmo de sentir, preciso de dar-me!
Cérebro: Olha lá oh miúdo! A pancada que levas-te à 3 anos atrás não foi suficiente? É porque se não foi tens sempre as de há 3 meses, 3 minutos e 3 segundos.
Coração: Tu és muito frio e insensível, não entendes nada!
Cérebro: Queres ser quentinho e lamechas? Até podias ser, mas quem te comanda sou eu e por isso não vais a lado nenhum. E não puxes muito que este mês não fui ao ginásio e não estou para me cansar muito a meter-te juízo.
Coração: Mas eu não quero juízo, só quero bater mais depressa quando ouço uma voz, uns passos, quando me tocam…
Cérebro: Olha-me para este agora com literatura de revista cor-de-rosa. É preciso ter paciência!
Coração: Pronto…Desisto…Não vou a lado nenhum, fico aqui contigo.
Cérebro: Finalmente uma atitude sensata. Agora podes ficar descansadinho que nada de mal vai acontecer. Eu estou aqui para cuidar de ti. Cuidar? Epá, será que sou eu que agora estou sentimental? (com ar de pânico) Isto não pode ser, é anti-natura!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Amigo é!

Hoje descobri que no dia 20 de Julho se comemora o Dia Internacional do Amigo. Eu confesso que até gosto de datas, mas há algumas em que sou um bocado céptica e como tal para mim hoje e todos os dias da minha vida serão o Dia do Amigo.



"Amigos, ainda…
Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas
que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos
que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia,
das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano,
enfim… do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe…nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices…
Aí, os dias vão passar, meses…anos… até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo….
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
- “Quem são aquelas pessoas?”
Diremos…que eram nossos amigos e…… isso vai doer tanto!
“Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!”
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente……
Quando o nosso grupo estiver incompleto…
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrimas abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo…..
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades….
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos
os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”


Fernando Pessoa

 
Aos meus amigos... Simplesmente, adoro-vos!

sábado, 16 de abril de 2011

De malas feitas



Ando sempre com a minha bagagem pronta para qualquer viagem que a vida me queira levar. Não recuso as aprendizagens destas idas e voltas sem destino certo. Na verdade estou sempre pronta para uma mudança.
Talvez não me esforce o suficiente para que as mudanças sejam mais radicais, talvez me sente algumas vezes na sala de espera a pensar na melhor opção, que tarda em chegar, mas acabo sempre por me levantar e seguir em mais um voo.
Se não insistisse em levar comigo a bagagem das minhas recordações poderia arriscar em um voo de queda livre. Mas sinceramente gosto de viver com elas. Gosto de me lembrar dos milhões de sorrisos que já dei ao lado de pessoas fantásticas que se cruzaram na minha vida. É certo que o caminho construído ainda é curto, mas tenho a certeza de que irá crescer a cada passo meu, cada passo que dou convicta de que quero e posso ter mais e melhor. Não me acomodo, nem me quero acomodar!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Conversas no Metro


Opções:

a) Verdade;
b) Mentira;
c) Não sei dizer.

Resposta correcta: Não sei dizer.

O tema não se sabe, mas a resposta fica sempre bem...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

domingo, 10 de abril de 2011

Já tinha saudades...

Há noites assim que não sabemos bem como começam, mas sabemos sempre como vão acabar. Com muitas gargalhadas, conversas estranhas e uma banda sonora (inevitavelmente é sempre a mesma musica, deve ser a tradição). heheh



P.S. Não se esqueçam, que segundo o que consta estaremos em Angola daqui a 2 anos. Seremos contactados para esta maravilhosa viagem. :)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Taxi! Taxi!



Já me tinha esquecido de como estas viagens de taxi são pura adrenalina. É um toca, não toca no outro carro.
Senhor condutor quando lhe disse para me levar a um determinado destino, acho que me esqueci de lhe dizer que era para chegar inteirinha, assim como quando entrei aqui.
Mas depois deste aumento cardíaco lá chegamos sãs e salvas ao destino. Ufaaaa…

domingo, 3 de abril de 2011

Está na hora da caminha, vamos lá dormir…


Sempre que penso em nesquik lembro-me da infância, aquela altura em um copo de leite era milagroso. Por mais voltas que dê só consigo pensar nas enormes vantagens do belo copo de leite com chocolate:
1. Aconchega-nos;
2. Faz bem à alma e ao coração;
3. Cuida de nós;
4. Aquece-nos;
5. Pode ser um sinal de carinho quando feito por outra pessoa;
6. Faz-nos sonhar com coisas boas.
Bem, acho que vou mas é beber um copo de leite com chocolate para embalar os meus sonhos.

P.S- Esta é para ti C. lololol

sábado, 2 de abril de 2011

quinta-feira, 31 de março de 2011

Véus Ocultos



Escondia-se por detrás do véu, dificilmente o seu rosto era tocado. Protegia-se a si contra os ventos e as marés de quem tinha uma alma em fogo.
Era livre… Corria pela areia de uma praia como se voasse. Tinha em si e no seu mistério uma força guerreira. Quem por ela passava queria sempre descobrir o seu rosto. Acreditavam que havia um olhar cheio de coisas a contar, um olhar cheio de um mundo, de um mundo que todos queremos. As pessoas só não entendiam que era este mistério que ela embalava consigo que lhes dava coragem, que as fazia sonhar e sorrir pela descoberta. Um dia…Um dia, quem sabe ela não deixa tocar o seu rosto…

quarta-feira, 30 de março de 2011

Escrevo… (O corpo das palavras)




Escrevo sobre mim, o que vejo nos outros, o que imagino ver e o que gostaria de ver.
Escrevo a realidade que está à minha volta e no meu sonho.
Escrevo sobre tudo e sobre nada, sobre o que faz sentido e o que não faz.
Escrevo em contradições constantes, mas que dão algum sentido ao dia.
Invento, imagino, sonho, acredito…Deixo que as palavras passem pelas minhas mãos.
Toco as palavras, sinto-as, dou-lhes um corpo, uma vida dentro de um texto. Quem as lê dá-lhes a sua vida, o seu corpo e um momento da sua existência.
Nas palavras, experimento vidas, alegrias, desilusões… Com elas ensaio, para este teatro que é o viver a loucura do dia-a-dia.
As palavras são doces e amargas, são calma e ansiedade, são vida e morte, são tudo e nada… São simplesmente palavras!
Enfim, escrevo para que as palavras não morram dentro de mim…