segunda-feira, 24 de junho de 2013

Paredes com História


Hoje acordei abraçada por aquelas paredes, que de nós sabem mais do qualquer outra pessoa, ou mesmo nós próprios. São paredes cheias de emoções. Ai, se elas pudessem falar!? Jamais as calariam.
São as paredes que riram connosco, choraram, acreditaram, deram conselhos. Abraços em 4 mãos, com uma estrutura sólida. Jamais nos deixam cair nos nossos maiores medos.
Vidas contidas num pedaço frio, mas que por vezes são a nossa única salvação. É o lugar onde nos sentimos intocáveis pelas cruéis partidas da vida.
Cantinho do tudo é possível. Pintam-se da cor que lhes queremos dar, passam as emoções que nós queremos.
Será que são assim tão fiéis escudeiras, ou mesmo sem querer contam um segredinho nosso!?
Por muito que se queiram calar, por muito que lhe possamos pedir: “este é um segredo só nosso!”. Elas contam, porque há sempre alguém que se aproxima delas e diz: “Isto é a tua cara!”
Nesta altura já fomos apanhados na teia que não queríamos, algum sentimento, algum segredo vão descobrir. Só resta saber se é verdadeiro ou falso. Se é mesmo nosso ou é desejado.

Vá lá, contem-me história que eu já conheço, façam-me reviver alegrias de outros tempos. Mas só a mim, entenderam!?

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Despida de Sentimentos



Caminha pela vida largando os seus sentimentos pouco, a pouco… Esquece-se de como é ser recheada de emoções.
Despe a roupa do sentir e veste uma imortalidade quase perfeita.
Deixa-se a dor de lado, mata-se com o esquecimento, mas criam-se barreiras para a felicidade.
Vive desprovida dos condimentos das relações, do querer, do estar em vez da ausência.
Anedonia de um ser à procura de se completar. Sem saber afasta-se do seu destino, do que é mais do que certo.
Ouve-se um tic…tac que ocupa os espaços do ser. Horas que deviam ser preenchidas de sorrisos, de mãos dadas, de trocas mais do que seguras. Do entregar para ressuscitar.
Esta é a “morte” pelas próprias mãos. Não haverá um 7º dia, mas um dia para renascer.
Assim irá aprender de novo a sentir, a redescobrir que ainda há uma oportunidade de vida, uma chance para receber.
Ela precisa entender que merece acreditar de novo, que o sol também a ilumina e não só à terra fértil.
Porque um corpo recheado de emoções é um terreno fértil, onde as coisas boas podem amadurecer e dar frutos.
Um coração que se abre de novo é uma janela aberta para um mundo de oportunidades.

Acorda, levanta-te, ergue a cabeça e começa a viver de novo!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Pura Magia



Não se tratam de feitiços ou malabarismo. Esta magia é outra, é pura, brilhante, a da sorte que se constrói.
Com ela o sol deixou de se esconder atrás da sua protectora nuvem. Ele aqueceu o coração das flores que desabrocharam.
Nasceram sentimentos que procuram incessantemente o seu lugar para ganharem ainda mais sentido.
Chama-se o jogo do quatro por quatro. Quatro sentimentos revelados em quatro meses. Confuso?
Pois é… Esta vida de magia é mesmo assim. Trabalha com o incerto, com a dúvida, o indefinido. Não se pode contar só com a sorte, com a sabedoria, com o mágico. Trabalha-se com o pulsar de um coração.
Desta cartola costumam sair sentimentos à espera de serem agarrados. Para que depois uma mão pequena e suave os feche e conduza até ao coração. É lá que a magia acaba, e ganha-se uma vida.
Esperas que fazem parte desta vida de mágico dos sentimentos dedicados a uma “caixa de pandora”, onde se concentram todos os bens do mundo.
Mas este mágico não fica por aqui, procura mudar a porção do azedo para o doce.