quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Verdade da Mentira



Fingem tão bem que quase conseguem convencer meio mundo. Enganam e aparentam ser algo que não são na realidade. Mentem mais a si do que aos outros.
Sentem-se sós e perdidos no seu mundo e como tal querem cativar tanto os outros que pintam de dourado a sua imagem.
É esse mundo tão perfeito que servem de bandeja a quem se cruza na sua vida. Mundo este que planta a desconfiança e leva os outros a descobrirem a fachada dos actos e das palavras.
Acredito que não o façam com má intenção, mas a verdade é que perdem muito mais do que ganham.
A honestidade cativa, envolve, leva as pessoas a darem de si o seu melhor. Mostrar a verdade aproxima. Ser-se aquilo que se é na realidade só faz alguém querer cuidar de nós quando algo nos magoa.
Há que estar atento, ao que damos aos outros. Se lhes damos a mentira ou eles nos retribuem com o mesmo ou afastam-se.
Só consigo pensar que pessoas com este tipo de atitude sentem-se sozinhas e não acreditam no seu verdadeiro potencial. Mais vale ter 10 amigos verdadeiros do que conhecer 10.000 pessoas que não nos entendem.

De olhos vendados




Já escrevia Saramago sobre a cegueira… Talvez ele tenha ganho consciência do quão cegas andam as pessoas. Nada se passa com os seus olhos, mas elas insistem em não ver ou não querer ver o que se passa à sua volta. Vivem afundadas nos mares das suas ideias. Pensam que tudo lhes é possível e qualquer acto que tenham não terá consequência sobre si ou sobre os outros.
Vivem cegos e tentam ao mesmo tempo cegar os outros. Como se assim todos os seus actos passassem despercebidos, não fossem acessíveis aos olhos. Não ver, é não sofrer as consequências de qualquer brutalidade que se cometa contra nós ou contra outrém.
Enganam, ludibriam, jogam de forma a ter tudo na sua mão.
Tentam passar alguém por parvo, que na ingenuidade do sentir lhes dá um crédito muito elevado.
O maior cego é aquele que não conta com esperteza do outro.
Abrir os olhos e ver mundo, é admitir tudo o que se faz de bom e de mau. A vergonha só vem daquilo que tentamos esconder, não do que colocamos acessível ao olhar e à crítica do outro.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Feitos de Muitos Nadas


Por mais que me esforce não entendo estas coisas de um dia sim, outro talvez e um dia não…Este passear quase à velocidade da luz nas decisões, nos interesses, nos ganhos e nas perdas. Mas onde anda a coerência e a persistência? Será que também estão perdidas, como as pessoas se perdem nestes vêm e vão da vida.
Olhamos para as pessoas e já nem conseguimos ver o que elas realmente são. Talvez se estejam a esconder ou então não sabem realmente o que são e em que sentidos vão. Como é que é possível caminhar sem objectivo ou sem um destino? Assim, a tarefa fica muito mais complicada para a própria pessoa e para quem se cruza no seu caminho. A certa altura parece que nos arrastam para o incerto e começamos sem querer a questionar para onde vamos. Ficamos perdidos ao lado de um desconhecido, de uma alma vazia de si.
Não deixa de ser irónico como as pessoas aparentam ser tanta coisa e no fim estão vazias, não há nada para encontrar lá.
O importante é deixar de procurar coisas nos outros e olharmos para nós e não ficarmos vazios sem dar conta disso, não nos perdermos de nós próprios.

domingo, 5 de junho de 2011

Virar a Página



Mais um capítulo da história encerrado! Não deixa de ser irónico começar pelo fim de algo. A verdade é que esse livro vai ficar inacabado, perdeu a utilidade de continuar a ser escrito. Entretanto surgiram novas histórias e com uma maior interesse a serem discutidas. Não se pode viver de passados quando a actualidade grita incessantemente para ser divulgada.
As pessoas são muitas vezes um conjunto de histórias inacabadas. Passam a vida a saltar de biblioteca em biblioteca à procura de criar um best-seller. Quando o que foi escrito não agrada a 100% ou rasgamos a folha ou fazemos delete.
Rasguei todas as folhas e decidi dedicar-me aos monólogos, porque isto de novelas mexicanas e dramáticas já está o mundo cheio e o meu lugar não é esse.
Para quem tem duvidas o meu lugar é dentro de um mundo criativo mas prático. Um mundo de honestidade e abertura, de coerência nas decisões. O que sinto e vivo num dia, é o que irei sentir e viver por muitos mais. Agrada-me tudo o que tenho à minha volta e as decisões que tomo, fazem-me sentir a cada dia e cada vez mais EU. Não mudo, nem vou mudar. Afinal de contas não sou eu que estou errada…