Há um espaço em branco, um lugar por ocupar.
Senta-te, descansa, serve-te
das histórias que essa cadeira já ouviu!
Vidas que se cruzaram nesse
lugar. Corpos que procuraram descansar dos contratempos, dos momentos de
felicidade. Rostos que choravam, sorriam, davam de si.
Uma cadeira que no fim do dia ficava
vazia de vida, mas cheia de uma alma de histórias. O seu veludo vermelho
aquecia-te num inverno, acompanhado de uma chávena de chá. O aroma da menta
espelhava-se pela sala. Conversas jogadas fora, destinos que se cumpriam a cada
toque, a cada melodia que se formava das palavras que eram jogadas numa sala
sem objectos que emolduram o destino.
A cadeira mágica que nos leva
a viajar sem cobrar um destino.
Fecha os olhos, sente, vive
este momento que é só teu… Só ela te pode ouvir, será tua confidente e não
revelará os teus segredos.
Agora vai… Vais viver e ela
ficará sempre à tua espera, com a tua vida guardada para quando a quiseres resgatar
nos teus pensamentos.