sábado, 31 de agosto de 2013

O Gato e o Icebergue

Amigos e conversas de café onde se lançam temas pouco prováveis, mas com mais ou menos sucesso aqui está o texto.


Arranhou, mas não derreteu. Sonhava em subir ao topo do icebergue e conquistar a vitória. Mas como todos os gatos vivia numa vida cómoda de procurar um dono que o colocasse num lugar ao sol.
De pelo escuro e brilhante, tinha medo do frio. De um toque que o escaldava, mais do que protegia.
Como todos os gatos cuidava de si, mas esquecia-se que era preciso mais.
Um icebergue derrete quando a vida lhe mostra um novo leito para a sua água gélida. Água que se torna morna quando encontra a sua ilha de abrigo.
Uma viagem que decorre dia após dia. Uma viagem que não se encontra facilmente.
Porque um gato é do sofá e do toque, que lhe amacia o pêlo. E um icebergue só o faz quando derrete e consegue percorrer o corpo do gatinho com um toque suave e quente, porque já diz o ditado, “gato escaldado de água fria tem medo”.

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